No Brasil, vem ganhando cada vez mais espaço, também conforme as relações trabalhistas se modificam.
O que talvez não muita gente saiba é que o home office em concurso público também é possível.
Já faz um tempo, diversos órgãos públicos permitem o trabalho remoto, enquadrando-o nas regras do que é chamado de teletrabalho.
De qualquer maneira, é importante reforçar que, no serviço público, nada muda na relação ao desempenho no trabalho.
A única diferença é no local onde o funcionário está!
Quando vinculado a uma organização pública, ele ainda tem que fazer entregas diárias, tem obrigações e metas a cumprir.
Da mesma forma, tem todos os direitos dos quais os servidores que atuam no modelo tradicional desfrutam.
Se alguém chegou até aqui sem ter muita certeza do que estamos falando, vamos explicar: trabalho em home office é quando a pessoa desempenha suas atividades profissionais integral ou parcialmente em sua própria casa.
Inclusive, na tradução ao pé da letra do inglês, home office significa “escritório em casa”.
Claro, nem todas as atividades são elegíveis ao home office.
Quem trabalha atendendo ao público ou gerenciando uma equipe, por exemplo, não consegue se enquadrar no modelo.
Além disso, a modalidade requer muita disciplina e foco.
Por isso, antes de optar por ela, é fundamental buscar informações a respeito para saber se você tem um perfil que se adapte às necessidades.
Ainda há muita desinformação a respeito do home office.
E isso acaba gerando um certo preconceito ou desconfiança – tanto das empresas, quanto dos trabalhadores mais acostumados aos modelos formais.
Fato é que a modalidade, assim como a mais tradicional, tem pontos positivos e negativos, tanto no lado profissional quanto no pessoal. Listamos algumas abaixo.
O fato de não ter que contar com o tempo de deslocamento agrega horinhas a mais no sono da manhã.
Da mesma forma, quem está em casa tem a chance de preparar um almoço mais saudável, sem ter q recorrer a buffets executivos onde as opções quase sempre deixam a desejar e as tentações “ogras” são muitas.
Por exemplo: se você é mais produtivo à noite, pode focar no trabalho nesse horário e tentar deixar a manhã livre para algumas atividades pessoais.
Desde que suas entregas estejam em dia e você esteja disponível para resolver eventualidades, normalmente não há problemas quanto a isso.
Sentem-se mais à vontade e livres para desempenhar suas funções sem chefe ou colegas por perto.
Essa sensação de independência e autonomia pode fazer com que o profissional se torne ainda mais produtivo.
Nesses locais, o tempo perdido no deslocamento, especialmente em horários de pico, pode chegar a até 4 horas por dia!
Um estudo recente, apontou que o paulistano passa, por ano, um mês e meio preso no trânsito. É um desgaste muito grande, que causa um estresse enorme.
E se você é usuário do transporte público,há o agravante da falta de segurança e a exposição às intempéries do clima (muito calor, muita chuva, muito frio).
Então, se poupar desses inconvenientes é uma das maiores vantagens do home office.
Isso porque os gastos com alimentação na rua e deslocamento (seja com seu veículo ou no transporte público) são grandes pesos no orçamento.
Assim você pode investir esse dinheiro quando for a um bom restaurante na folga ou dar um passeio com a família.
Mas o que é isso?
Explicamos: pegada, no caso, significa o impacto dos seus hábitos no planeta.
Por exemplo: ao deixar de usar o carro todos os dias para se deslocar até o escritório você reduz (e muito!) a emissão de CO2 (que agrava o aquecimento global).
A comunicação, quando houver, será feita pelo telefone ou pela internet.
Essa praticidade toda é maravilhosa, mas pode acabar sendo prejudicial se não for dosada. Isso porque pode fazer com que você se isole socialmente, deixando de interagir com outras pessoas ao vivo.
O ideal é tentar manter uma vida social ativa.
Não é porque você não bate cartão-ponto que não pode participar de happy hours com os colegas, não é mesmo?
Outra opção é, uma ou duas vezes por semana, trabalhar em um coworking. Há vários muito bem equipados em todo o país.
E também é essencial ter uma agenda que o obrigue a “desentocar”, para encontrar amigos e conhecer gente nova.
Tente frequentar uma academia (ou qualquer outra outra atividade física), faça cursos do seu interesse, vá a festas.
Sem tanto contato com outras pessoas, acaba-se perdendo insights, bate-papos e troca ideias – coisas que são fundamentais para ampliar horizontes, ver sob novas perspectivas e instigar a criatividade.
Dessa forma, interrupções podem acontecer e comprometer sua produtividade.
E se você é freelancer, por exemplo, recebendo por produção, a coisa pode ficar pior!
É preciso cuidado para não extrapolar seus limites e acabar ainda mais estressado, comprometendo sua saúde física e mental.
Imponha-se alguns horários, atente para as pausas e, como indicamos no item anterior, mantenha uma rotina externa que lhe obrigue a desligar do trabalho.
Especialmente quando se trata do ambiente no qual vai desempenhar suas funções na casa.
O primeiro passo é acertar com seu empregador a cargo de quem ficam os equipamentos que serão necessários para o trabalho.
O computador é você quem providencia?
E telefone? Terá um celular corporativo?
Enfim, são acordos importantes para evitar complicações futuras.
Depois, é preciso escolher um lugar na casa em que você e outros ocupantes não se atrapalhem.
Um escritório é o ideal, mas nem todo mundo dispõe de um espaço assim. Um cantinho bem ventilado e iluminado no quarto ou na sala já podem resolver a questão.
E leve em conta o fato de que passará praticamente o dia inteiro nesse local. Por isso, ele precisa ser também confortável.
Uma cadeira adequada, equipamentos de ergonomia (suporte para note, apoio para os pés), uma mesa para espalhar seu material, prateleiras… Esses são pontos a se levar em consideração.
Os órgãos públicos que adotam o home office não o fazem pensando apenas no bem-estar do funcionário, claro.
Ao permitirem o trabalho remoto, diminuem consideravelmente gastos com a manutenção dos escritórios, água e luz, por exemplo.
Isso sem falar em despesas com transporte e alimentação dos servidores.
Em contrapartida, os gestores esperam que a produtividade aumente,
já que, normalmente, são impostas metas entre 10% a 30% superiores aos funcionários que fazem home office, na comparação com os colegas que atuam exclusivamente no modelo presencial.
Aliás, esse é um grande questionamento: seria justo?
Justo ou não, é fato que os servidores dos tribunais em todo o país que optam pelo trabalho remoto têm, comprovadamente, um rendimento maior.
No Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (TJPE), por exemplo, relatórios de produtividade apontaram que os trabalhadores em home office superaram em mais de 10% a meta – que, vale lembrar, já era mais alta que os demais!
Enfim, a discussão é longa e há muitas perspectivas.
O home office ainda engatinha no Brasil e há muito a ser elaborado. Mas, se você se interessou pelo modelo, pode começar a pensar em prestar um concurso para algum dos órgãos que utilizam a modalidade. Confira abaixo quais são eles.
Ainda em 2015 o Banco do Brasil já permitia o modelo, com metas de produtividade 15% maiores para quem optasse pelo trabalho remoto.
O home office por lá também é preferencial para portadores de deficiência e mulheres.
E é obrigatório trabalhar de forma presencial na agência ao menos uma vez por semana.
O CNJ passou a permitir o home office apenas no ano passado e há perfis prioritários: pessoas com deficiência, com filhos, cônjuges ou dependentes com deficiência, gestantes e lactantes.
Desde o início de 2017, o governo do Distrito Federal autoriza seus servidores a trabalharem no modelo remoto, desde que cumpram metas superiores aos que estão no modelo tradicional.
Aqueles que atendem ao público externo e interno, quem ocupa função comissionada ou cargo de chefia não está elegível à modalidade.
Recentemente o INSS obteve autorização para dar início ao projeto-piloto de implantação do teletrabalho.
Contudo, o órgão ainda não divulgou detalhes e informações específicas sobre a operacionalização do modelo a ser adotado para despachos à distância.
De qualquer maneira, abre-se a possibilidade.
Desde 2016 a Receita Federal autoriza o teletrabalho para Auditores Fiscais e Analistas Tributários em determinadas atividades.
Os servidores do home office devem, em contrapartida, produzir 15% mais que os seus colegas atuantes no formato tradicional e se responsabilizam pela estrutura necessária ao desempenho das funções.
O STF passou a permitir o modelo em 2016, apenas para servidores lotados no Distrito Federal.
Quem optar pelo home office precisa, ainda, ter autorização da presidência da corte, do diretor-geral ou do chefe de gabinete.
Além disso, deve participar de reuniões presenciais quinzenais.
O TCU foi pioneiro na adoção do trabalho remoto.
Já em 2009 havia servidores atuando no modelo de teletrabalho, mesmo que com regras ainda bastante difusas. À época, era permitido que não mais que 30% da lotação atuasse sob essa modalidade.
Também um dos primeiros a testar o modelo, em 2012 o TST passou a permitir até 30% de seus servidores trabalhassem de forma remota.
Em 2014, já 50% da lotação podia se beneficiar do home office.
O TJAM é um dos poucos no país com processos 100% virtuais.
Por lá, desde 2015 adotou-se o teletrabalho e, atualmente, 51 servidores trabalham no modelo.
No TJDFT o teletrabalho foi implementado em 2015 e o projeto-piloto contou com 75 servidores durante um ano e meio.
A aprovação definitiva do modelo ocorreu em 2017.
Segundo dados do próprio TJMG, no ano passado 160 servidores integravam a equipe de teletrabalho do órgão, inclusive em outros países.
Após quase um ano de projeto-piloto, em abril de 2019 o TJPR regulamentou e implementou oficialmente o teletrabalho no órgão.
O TJPE Passou a permitir modelo em 2016 e para até 20% de sua lotação. Por lá, a meta dos servidores em home office é 30% superior aos que estão no escritório diariamente.
O TJSC foi o primeiro Tribunal Estadual a testar o sistema de home office, em 2014. Atualmente, 338 servidores estão autorizados a trabalhar de forma remota.
Contudo, com regras bastante rígidas que, não sendo cumpridas, implicam em descontos nas horas trabalhadas ou na folha de pagamento.
Além disso, caso a meta não for alcançada por dois meses consecutivos, o servidor perde o benefício.
O TJSP implementou oficialmente o teletrabalho no início de 2015.
O modelo é oferecido para escreventes técnicos judiciários que trabalham com processo digital.
O servidor que se candidata, passa por uma avaliação de perfil e pode fazer home office em apenas um ou dois dias na semana.
O TCE-SP adotou o teletrabalho em caráter experimental ainda em 2016. O modelo é válido para quem tem, pelo menos, três anos de efetivo exercício das atividades na autarquia.
O TRF-4, que abrange os três estados do sul do país (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), instituiu o home office em 2013, com limite de 30% da lotação.
Em 2015, foi autorizado o aumento para 40%.
Desde 2015 os servidores do TRE-PR podem optar pelo home office, com exigência de um rendimento, pelo menos, 10% superior aos colegas no modelo tradicional.
Ficou ainda com alguma dúvida sobre o home office no serviço público?
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Ver comentarios
Olá,
como identifico se o cargo possui a opção de home office?