Ler e estudar são coisas complementares, mas totalmente diferentes.
Você anda apenas lendo seu material para o concurso ou realmente está estudando?
É importante se fazer essa pergunta e observar seu comportamento. Porque talvez seja esse detalhe que esteja atrapalhando seu aprendizado e lhe afastando da aprovação.
Por isso, é preciso saber qual a diferença entre ler e estudar e como tornar os seus estudos mais efetivos a partir disso. É provável que sejam necessárias algumas mudanças, alguns ajustes. Mas, logo você vai se adaptar e perceber que o seu rendimento pode ser muito superior.
Quer saber mais?
Vamos nessa!
A diferença entre ler e estudar está, basicamente, no que você aprende quando faz uma coisa ou outra.
Isso porque apenas ler um livro ou uma apostila não é garantia de que você realmente compreendeu aquele conteúdo. Que ele está claro ou faz sentido.
Ou seja, é um tipo de aprendizado passivo, sem muito esforço, mas também sem muita efetividade.
É provável que você tenha que voltar ao conteúdo lido várias e várias vezes, sempre que precisar utilizá-lo.
E ainda assim pode ser que logo depois você acabe esquecendo-o completamente.
Quando você estuda de verdade, sua mente absorve conhecimento. E, com isso, consegue reter a informação de maneira mais fácil e fazer uso dela quando solicitado — na prova do concurso, por exemplo!
Trata-se de um aprendizado ativo, no qual você se envolve, grifando, fazendo resumos, respondendo questões, etc. Com isso, você exercita seu cérebro, potencializa sua memória e, por consequência, obtém mais e melhores resultados.
Deixar de ser apenas um devorador de apostilas, e passar a ser um estudante de fato, não requer esforços ou sacrifícios imensos. Você apenas passará por um período de adaptação, para que o modelo de aprendizado efetivo se torne um hábito.
Isso é falar o óbvio?
Bom seria se fosse!
Infelizmente muita gente não tem por hábito um momento de reflexão após a leitura. Acha que apenas quantidade interessa e consome centenas de páginas em poucas horas.
Mas a qualidade da leitura é muito mais importante e paradas estratégicas para pensar no que foi visto fazem toda a diferença.
Separe de 15 a 20 minutos depois do estudo de cada tópico ou entre cada sessão de estudo para refletir sobre o conteúdo.
De nada adianta terminar uma pilha de livros em tempo recorde ou ver uma dúzia de videoaulas por dia se, no fim, você não consegue formular um pensamento crítico sobre o que foi lido/visto ou ainda tem muita dificuldade em responder questões simples.
Dessa maneira, é só tempo perdido!
Pensar no que aprendeu ajuda a faze conexões mentais e relacionar as informações novas com o que já foi assimilado anteriormente.
A preparação para um concurso costuma, de fato, ser exaustiva.
Mas para assimilar de verdade um conteúdo, há diversas técnicas muito boas que podem lhe ajudar.
Entre as técnicas conhecidas estão a pomodoro e a de ciclo de estudos.
Além disso, você pode estudar com flash cards ou mapas mentais.
No entanto, de todas as técnicas, a mais utilizada pelos concurseiros é, com certeza, a de estudo por questões.
O estudo por questões ajuda a reter a informações e revisar a matéria, tornando o processo de memorização do conteúdo mais simples e efetivo. Alguns cursos preparatórios oferecem material com questões comentadas pelos professores, o que facilita ainda mais.
Contudo, ressaltamos que o ideal é experimentar cada uma das técnicas e ver com qual você se adapta melhor. Investir tempo nesses métodos não gera atraso no cronograma.
Ao contrário, como vão potencializar seus estudos, você não vai precisar retomar várias vezes um mesmo conteúdo e seu aprendizado vai ser muito mais ágil.
Fundamental também é encontrar o ritmo adequado de estudos para sua rotina.
Procure manter a regularidade, em volume e tempo, para que seu cérebro se acostume àqueles momentos de aprendizado e ao processamento de informações.
O bom concurseiro sabe que tempo é um bem valioso!
Por isso, leva a sério cada segundo dedicado aos estudos.
Nesse sentido, é preciso aprender a gerenciar o tempo da melhor forma possível, fazendo render ao máximo o período destinado ao aprendizado.
Sendo assim, é preciso estar atento às distrações, que são muitas.
Um grande inimigo da produtividade é o celular.
Na maioria das vezes, aquela “olhadinha” vira uma bola de neve e, quando você se dá conta, perdeu meia hora em mensagens e redes sociais.
Dessa forma, mantenha seu celular longe, de preferência desligado.
Evite usar o computador a não ser para conferência de conteúdo ou videoaulas.
Peça para amigos e familiares respeitarem seu tempo de estudo, evitando interrupções.
Se possível, estude sempre no mesmo lugar.
Isso faz com que sua mente, ao estar naquele espaço, já se coloque em “modo estudo” e seja mais fácil manter o foco.
Por isso também esse local precisa ser adequado ao momento: com boa iluminação, com todos os seus materiais à mão, sem circulação de pessoas, silencioso.
Outra recomendação é dar a sua “cara” para o local de estudo.
Se for no seu quarto, disponha objetos que lhe ajudem a focar no atingimento do seu objetivo, como um quadro dos sonhos ou uma decoração com frases de sucesso.
Para manter esse estímulo em locais públicos, você pode colocar uma proteção de tela no notebook com uma mensagem positiva, por exemplo.
Quando trazemos o que aprendemos nos livros e apostilas para o nosso dia a dia, seja em uma conversa informal ou em um exemplo prático, estamos ajudando nosso cérebro a reter aquelas informações.
Além de todas as técnicas que podemos utilizar para melhorar a fixação de conteúdos, é bem importante aplicar os conhecimentos adquiridos para que eles permaneçam com a gente.
Afinal, é mais fácil lembrar de algo do seu interesse do que de algo em que não tem interesse ou não vê utilidade prática.
Além de colocar em prática no seu dia a dia o que aprendeu, uma excelente maneira de fixar a informação no cérebro é ensinando outras pessoas.
Por isso, seja você o professor!
De maneira simplificada, tente explicar a alguém o que leu ou ouviu.
Não precisa ser outro concurseiro, não.
Chame a mãe, o pai, os filhos, o cônjuge, um amigo.
Não tem ninguém disponível na hora em que precisa?
Faça uma autoexplicação, encene uma aula, por exemplo.
Outra opção é participar de discussões em grupo, onde cada um apresenta o conteúdo a sua maneira e, depois, há um debate de ideias.
Não precisa ser presencial, há diversos grupos online para tanto.
Mas, antes de buscar alternativas para potencializar os estudos, é importante entender como funciona a nossa mente.
Para isso, é preciso considerar a chamada “curva do esquecimento”.
Segundo essa teoria, se você não revisar, daqui a dois meses só vai lembrar cerca de 10% do que aprendeu.
Isso mesmo: apenas 20 minutos depois de ter lido algo, já esquecemos 42% das informações. Em 24 horas, esse percentual sobre para 67%.
Em um mês, 79%. Em dois meses, já esquecemos 90%!
Sendo assim, é muito importante montar um cronograma de revisões.
A primeira revisão é a mais importante e você deve fazê-la, no máximo, até 24 horas depois de ter estudado o conteúdo.
O ideal é que revise em um dia e volte ao material apenas no seguinte.
A segunda revisão é recomendada para cerca de uma semana depois.
E a terceira pode ser feita depois de 30 dias.
A partir da quarta, o intervalo pode ser fixo em um mês.
Contudo, é preciso avaliar como você se sai, aumentando ou diminuindo esses períodos.
Lembre-se que não há uma regra fixa de sucesso nesse sentido.
O mais importante é, a cada revisão, verificar o que pode sair da sua lista (já tendo sido internalizado plenamente) e o que deve permanecer (porque ainda não foi memorizada).
Com tanta coisa para conciliar — trabalho, família, estudos — é difícil mesmo manter a determinação durante a preparação.
Muitas pessoas acabam desistindo no meio do caminho.
Para evitar o desânimo, você pode apostar em algumas técnicas e hábitos para garantir a motivação.
Você pode apostar em macetes simples, como dar-se pequenos prêmios ao cumprir objetivos, monitorar seus avanços, ler livros ou ver vídeos inspiradores.
Pode, ainda, tentar técnicas de respiração para aliviar o estresse, meditação com foco no pensamento positivo, entre outras.
O vital é manter a saúde mental nesse período para que não desanime e sua energia se esvaia.
Sendo assim, fazer pequenas pausas é essencial.
O que seria uma boa pausa?
Cada um tem suas preferências, mas deve ser algo que lhe dê prazer.
Pode ser assistir um episódio da série favorita, brincar com o pet, dar uma caminhada, se alongar, meditar ou fazer absolutamente nada.
Aproveite esse tempo para desligar completamente do concurso.
É importante, porém, que essas pausas não se prolonguem, cerca de 5, 10 minutos no máximo, e logo você volte para os estudos.
Novamente, é preciso fazer testes e descobrir o que funciona melhor para você.
O estudo para qualquer prova ou exame exige força e dedicação, além de abrir mão de coisas prazerosas.
Contudo, se você passar o tempo todo, durante muitos meses, abrindo mão de tudo que te dá alegria, vai desistir no caminho.
Um bom exemplo é o app Forest, que funciona como um jogo onde seu celular será bloqueado por um tempo pré-determinado.
Durante esse período, vão “crescer” árvores na sua floresta.
Se você não mexer no celular, mais árvores terá no final.
Parece bobo, mas esse pequeno game pode estimular os estudos, uma vez que pequenas recompensas funcionam como fator motivacional.
Além disso, é bem divertido.
De qualquer maneira, há outros aplicativos bloqueadores de celular ou de acesso à Internet que você pode testar.
Para otimizar ou iniciar sua preparação, indicamos a nossa Seção de Dicas para passar em Concurso Público. Nela você encontrará artigos com valiosas dicas para colocá-lo mais próximo da sua aprovação, como por exemplo:
Se você tem como investir tempo e dinheiro em curso preparatório, é preciso pensar bem antes para escolher um que seja adequado às suas necessidades. Afinal, é sempre um diferencial apostar em um módulo específico para a área ou cargo pretendido.
Desse modo, veja algumas opções realmente boas:
Agora você já sabe a diferença entre ler e estudar e como a partir disso pode melhorar seus estudos e agilizar sua aprovação. Ficou com dúvidas? Deixe um comentário! Gostaria de indicar alguma técnica? Compartilhe com a gente!
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